Maurício Ferreira

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Seca de 2012 foi a maior em cinco décadas e 2014 pode ser com nova estiagem


A Tribuna do Norte destacou que o Rio Grande do Norte enfrentou, em 2012, a pior seca dos últimos 50 anos. Segundo dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn), naquele ano, não choveu praticamente nada em 133 municípios e houve redução drástica em outros 16 municípios, prejudicando a agropecuária. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE), o Rio Grande do Norte registrou a terceira maior queda do país no rebanho bovino entre 2011 e 2012, em termos porcentuais.
A redução (18,1%), que foi menor apenas que as verificadas na Paraíba (28,6%) e em Pernambuco (24,2%), pode ser maior, já que as perdas de 2013 não foram contabilizadas. Houve um prejuízo de R$ 15,4 milhões, considerando apenas a redução da produção de leite e mel no estado. Segundo a pesquisa, 45 mil vacas deixaram de ser ordenhadas e 45 milhões de litros de leite deixaram de ser produzidos no estado entre 2011 e 2012. A queda na produção de leite (18,6%) só foi menor que a da Paraíba (39,9%) e a de Pernambuco (36,1%), no país.
Os meteorologistas do Nordeste estão menos otimistas com relação à quadra chuvosa do semiárido em 2014, que começa em fevereiro e vai até maio. Ao final de uma reunião realizada ontem em Fortaleza, o prognóstico apontava a seguinte condição: acima da média 25%; em torno da média 35% e abaixo da média 40%. Os números, foram anunciado ontem pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), durante o encerramento do XVI Workshop Internacional de Avaliação Climática para o Semiárido Nordestino. Com a previsão, o órgão faz um alerta para a possibilidade de a seca ser prolongada em 2014.
Para chegar à previsão, meteorologistas dos estados do Nordeste, além de especialistas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e de institutos dos Estados Unidos (IRI) e Reino Unido (UK Met Office) analisaram condições termodinâmicas dos oceanos Pacífico e Atlântico, condições da atmosfera e previsões de modelos atmosféricos globais, para avaliação prévia do período chuvoso nestes próximos três meses. 

*Blog do JP.

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