Maurício Ferreira

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Repercussão nas redes sociais sobre caso da Coca-Cola faz consumo da bebida diminuir



Matéria veiculada pela Rede Record neste mês de setembro ganhou repercussão ainda maior depois que foi parar nas redes sociais. Segundo a reportagem, um consumidor teria sofrido uma intoxicação por veneno de rato após tomar o conteúdo de uma garrafa do produto. Ele também teria entrado em contato com a empresa, mas não recebeu auxílio.
A matéria também mostrou uma garrafa com cabeça de rato e que o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) afirmou em seu laudo que o lacre não havia sido violado. Já em um comunicado oficial, a empresa alegou que a acusação do consumidor em ter adquirido a doença após ingerir o refrigerante não tem fundamento e que os processos de fabricação e os rígidos protocolos de controle de qualidade e higiene tornam impossível que um roedor entre em uma garrafa nas fábricas.
Apesar de o caso ter acontecido no ano 2000, a reportagem logo ganhou repercussão nas redes sociais, em especial no Facebook. Centenas de montagens com ratos dentro de garrafas de Coca-Cola foram compartilhadas entre milhares de internautas. O resultado para a empresa tem sido bastante negativo.
Prova disso é que o garçom Genildo Pereira diz que o consumo da bebida costumava ser de 80% entre as duas marcas disponibilizadas nas festas. No entanto, hoje os números apontam para somente 30% das escolhas. “As pessoas estão evitando tomar Coca-Cola e em todos os lugares que eu trabalho estão preferindo tomar Guaraná. O caso teve uma repercussão muito grande”, afirma.
Augusto Oliveira, gerente de um mercadinho local, também diz que as vendas da bebida caíram consideravelmente depois da exposição do caso. “Não sei precisar em termos percentuais, mas dá para perceber que os consumidores estão evitando. São poucos os que continuam comprando o produto, principalmente em garrafas pet”, destaca.
Como o caso ganhou repercussão nas redes sociais, coube à empresa utilizar o mesmo canal para chegar aos consumidores. Para mostrar o processo de fabricação do produto, um vídeo foi publicado para convidar os clientes para conhecerem as fábricas da Coca-Cola.

Psicólogo comenta repercussão do caso nas redes sociais

Para o psicólogo Alcedir Gabriel, o caso ganhou repercussão nas redes sociais porque existe uma tendência de orientação e imitação entre as pessoas. “Existe certo comodismo em não buscar a veracidade das informações. Por esse motivo, as pessoas tendem em acreditar em tudo o que é postado”, explica o especialista.
De acordo com o profissional, essa é uma característica das mídias em geral. “As pessoas tendem a acreditar por falta de informação”, declara Alcedir Gabriel.
Elas não buscam a origem dos comentários para saber dosar o que é ou não verídico. Depois disso, mais pessoas acabam compartilhando e cria uma grande rede”, afirma.
Alcedir Gabriel também destaca que a facilidade das informações faz com que as pessoas se acomodem em não buscar a verdade. “É preciso checar a origem e a confiabilidade das informações fora das redes sociais. Não dá para confiar em tudo o que se lê na internet”, conclui.


*Jornal O Mossoroense

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