Maurício Ferreira

quinta-feira, 2 de junho de 2011

chuvas no rn ficam acima da média


O período chuvoso terminou regular no Rio Grande do Norte. De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), o Estado teve uma situação variante de regular a acima da média, com mudanças em todas as regiões. A situação volumétrica foi normal e acima do normal em 85 dos 167 municípios potiguares. Para Assú, Triunfo Potiguar, Baraúna, Areia Branca e outros 25 municípios o ano foi seco. Pior foi para Tenente Ananias, Severiano Melo, Francisco Dantas, Ceará Mirim, Extremos, Natal, Macaíba e outros 22 lugares que tiveram uma quadra muito seca. 29 municípios não informaram suas situações.
Nos municípios de Coronel Ezequiel, Jaçanã, Sítio Novo, Santana do Matos e Afonso Bezerra, choveu bem acima do normal para a média histórica. A região do Seridó foi a única que não teve variação, com um quadro normal e chuvoso em todos os municípios.
Para o meteorologista Gilmar Bristot, choveu bem mais que o esperado. Ele explica que 2011 foi um ano de surpresa para a meteorologia potiguar, com a diminuição das chuvas no mês de março, o que resultou na perda de safra no município de Alexandria. "Como os agricultores de lá perderam suas culturas de girassol e milho, a Emparn, sabendo que as chuvas voltariam, orientou que o replantio fosse feito com feijão para que mantivessem a atividade e o aproveitamento do período chuvoso", conta Gilmar. O feijão é indicado nessas situações por se desenvolver numa média de 50 dias, período adequado para a região Nordeste.
O meteorologista destaca a recuperação dos reservatórios hídricos do Estado, com sangria em alguns deles e os alagamentos no Vale do Açu. "Podemos dizer que 2011 foi um ano de êxito para a meteorologia e para a agricultura", completou.
Mais chuvas
De acordo com a Emparn, ainda existe a previsão de chuva, inclusive para o próximo final de semana. "O deslocamento da zona de convergência para a posição mais ao sul do equador vai favorecer a região de Mossoró e chapada do Apodi", explica Gilmar Bristot.
Ele acrescenta também que haverá período chuvoso no litoral leste-nordeste até meados de julho, devido às condições do oceano Atlântico-sul. "O período chuvoso no Nordeste acontece no primeiro semestre - a partir de fevereiro até maio - onde há maior incidência de chuva. A partir disso, as precipitações não têm tanto significado para a economia", conclui o meteorologista.
Mais de 30 açudes sangraram no RN
Pelo menos 34 açudes sangraram no Rio Grande do Norte durante o inverno de 2011, de acordo com o Sistema de Informações da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH). Entre eles, a barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, no município de Itajá, maior reservatório hídrico do Estado com capacidade para 2,4 bilhões de metros cúbicos de água.
A população de Apodi bem que esperou que a Barragem Santa Cruz do Apodi, segunda maior do RN, com capacidade para 600 milhões de metros cúbicos, sangrasse novamente neste ano, mas as chuvas para a região do Alto e Médio Oeste não foram suficientes. O reservatório chega ao mês de junho com 83% de sua capacidade máxima. O mesmo aconteceu em Upanema. O terceiro maior açude potiguar, com 300 milhões, está com 76% de seu volume total.
Somente na bacia Piranhas/Açu, 17 açudes transbordaram neste ano, entre eles o Mendobim, em Assú, e o Pataxó, em Ipanguaçu. As sangrias no Vale do Açu provocaram transtornos para mais de 100 famílias de Ipanguaçu que, mais uma vez, tiveram que abandonar suas casas. A água invadiu bairros inteiros, alagando casas e destruindo pertences dos moradores dos bairros Ubarana e Maria Romana. Só nesta semana é que as famílias começaram a voltar para casa.
No agreste, o município de Tangará também sofreu com o açude Trairi que ameaçou se romper. As paredes do açude, que também ameaçava outras cinco cidades na região, foram revestidas de lona e uma força-tarefa foi montada especialmente para combater o problema.
Emparn alerta quanto à exposição ao sol
O meteorologista da Emparn, Gilmar Bristot, alerta para os cuidados que se deve tomar com a exposição ao sol, que a partir de agora ficará mais intenso. Segundo ele, o problema não deve ser uma preocupação apenas dos agricultores, mas de todas as pessoas que trabalham em exposição direta ao sol. "O setor da construção civil, por exemplo, está crescendo muito, então é preciso que profissionais como pedreiros, serventes e outros se protejam", completou.
De acordo com Bristot, até o final do ano, haverá predominância de dias sem nuvens. O período mais complicado registra-se entre os meses de agosto e novembro, quando a umidade do ar diminui no menor nível do ano. "Em outubro, principalmente, quase nunca se registra o aparecimento de nuvens, o que deixa o problema ainda maior", completa.
O câncer de pele é o de maior incidência no Brasil e está diretamente relacionado à exposição ao sol. Dados do Instituto Nacional do Câncer indicam que somente no ano passado, cerca de 55 mil brasileiros foram acometidos pelo mal.
Dados do portal Boa Saúde, do portal UOL, indicam quem além do fato de o brasileiro não ser educado para se proteger da luz solar, existe o agravante de que os raios solares estão sendo emitidos cada vez com mais intensidade, devido à destruição da camada de ozônio.

Fonte: Jornal De Fato

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