Maurício Ferreira

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Projeto buscará construção de barragens subterrâneas nos municípios em situação de emergência no Estado



INTERIOR - As ações de enfrentamento à seca no Sertão Potiguar, previstas no Projeto de Apoio à Gestão e Convivência com o Semiárido, desenvolvido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Rio Grande do Norte (Sebrae-RN) avançam nos municípios com situação de emergência decretada no Estado.
A partir do dia 1º teve início a fase de orientação técnica nos 1.800 empreendimentos rurais atendidos pelo programa. A ideia é sugerir e colocar em prática medidas que ajudem a minimizar o cenário desolador causado pela estiagem. Construção de barragens subterrâneas e criação de atividades que gerem renda aos agricultores são apontadas como ações imediatas.
Os dados que compõem o cenário negativo estão registrados no diagnóstico aplicado pelos consultores credenciados do Sebrae nas propriedades rurais durante o último mês.
O gestor do Projeto de Apoio à Gestão e Convivência com o Semiárido, Valdemar Belchior, explica que, para a adoção das medidas em caráter de urgência, o Sebrae-RN buscará os apoios de instituições públicas, como o Governo do Estado e prefeituras.
"Vamos buscar discutir essas sugestões e o apoio das prefeituras e do Governo do Estado. Temos que concentrar esforços para amenizar a situação enfrentada pelos agricultores", frisa. 
Técnicos orientam agricultores para uso racional da água
 
Dentro das ações a serem desenvolvidas junto aos agricultores estão a disseminação de técnicas para a utilização racional de água, passando por desenvolvimento de tecnologias - como a Produção Agroecológica Sustentável (Pais), além de criar parcerias com instituições financeiras que disponibilizam linhas de crédito específicas para a situação emergencial da estiagem.
Também integra a lista de medidas a orientação financeira, com foco na renegociação de dívidas e crédito emergencial.
Responsável pela aplicação dos diagnósticos em municípios da região do Alto Oeste potiguar, o consultor Mário Sérgio Ferreira explica que, além do quadro desfavorável causado pelo fenômeno natural da seca, a falta de informação prejudica diretamente diversos agricultores.
"Na maioria dos casos eles desconhecem completamente e nunca aplicaram técnicas simples, como plantio de palma ou de outras culturas que podem ser utilizados para a manutenção do rebanho durante a seca. Isso prejudica muito, e ajuda a aumentar os estragos da seca", avalia.
As ações do Projeto de Apoio à Gestão e Convivência com o Semiárido seguirão até julho de 2013. A ideia é promover condições necessárias para a manutenção de, no mínimo, 95% do público-alvo em suas propriedades.

*Jornal o Mossoroense

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