Maurício Ferreira

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Lojão Sebrae destaca o talento dos artesãos potiguares durante 17 ª Feira Internacional



Empolgados, artesãos comemoram boas vendas das peças ainda no início da Feira
 Bordados, plantas ornamentais, objetos em cerâmica, panos de prato e uma série de outros utensílios. É o que pode se encontrar no Lojão Sebrae, espaço do Sebrae-RN na 17ª Feira Internacional de Artesanato (FIART), evento que prossegue até o próximo sábado, 28, no Pavilhão das Dunas do Centro de Convenções de Natal. O Lojão é uma pequena mostra do trabalho desenvolvido por grupos produtores de várias regiões do Rio Grande do Norte, representando cerca de 500 artesãos.
Todos são atendidos pelo Sebrae no Rio Grande do Norte com capacitações, consultorias tecnológicas e gerenciais e ações de acesso a mercado, e a Fiart está dentro dessas estratégias de aproximar os produtores de mais consumidores.
A maestria em trançar crochê em panos de prato e pintar figuras no tecido tem transformado a vida da contabilista e agricultora Sílvia Manuela Ribeiro Dias, que trocou terras portuguesas por Caicó. É com essa atividade que complementa o orçamento doméstico.
A artesã é uma das que estão expondo no espaço. Das 1.600 peças que trouxe para comercializar na Feira, 80% das mercadorias foram vendidas nos três primeiros dias do evento. "Foi uma grata surpresa porque, além de vender bem, consegui fechar um pedido de 35 peças a serem enviadas para um cliente no Rio Grande do Sul", comemora. Sílvia Dias vem produzindo desde 2004, mas, somente há dois anos que a atividade ganhou força, após capacitação realizada pelo Sebrae. "Consegui vislumbrar o artesanato como uma opção rentável de negócio. O pico de vendas só veio mesmo após essa capacitação".

FEITOS DO COCO - A artesã não é a única otimista com a comercialização dos produtos na Fiart. Até quem participa pela primeira vez do evento está confiante e espera fazer bons negócios. É o caso de Francisco de Assis Martins, também conhecido como Chico do Coco. Acostumado a vender seus artigos confeccionados a partir do coco na praia de Pipa (Tibau do Sul), foi convidado a participar do Lojão Sebrae. "Estou apostando nessa feira para divulgação do meu trabalho, mas, penso principalmente em vender".
O otimismo não é à toa. Para dar conta dos pedidos e reabastecer as prateleiras com cinzeiros, porta-guardanapos, anéis, brincos e outros utilitários, Chico do Coco tem feito as peças no local, entre um atendimento e outro. "O meu trabalho está sendo muito bem aceito. Até agora, vendi bem e espero vender mais".
A empreendedora individual e artesã Francisca Fernandes também não tem do que reclamar. As caricaturas em biscuit feitas por ela são atração no espaço. As peças relativas ao cangaço são as preferidas do público visitante. "Somando os três primeiros dias, contei mais de R$ 3 mil em vendas", confirma Francisca Fernandes.

PRESTÍGIO - Durante a solenidade de abertura oficial da Feira, realizada na segunda-feira, 23, a governadora Rosalba Ciarlini visitou o espaço e conferiu o resultado das intervenções do Sebrae para agregar valor aos produtos e ampliar o faturamento dos artesãos. Acompanhado do diretor superintendente, José Ferreira de Melo Neto; e do diretor técnico do Sebrae-RN, João Hélio Cavalcanti; o presidente do Conselho Deliberativo da Instituição, Sílvio Bezerra, apresentou à governadora as peças em cerâmica da Coleção Iaraguá, produzida por artesãos de São Gonçalo do Amarante em parceria com o artista plástico Flávio Freitas.
De acordo com Sílvio Bezerra, a iniciativa de aliar arte popular com o trabalho de artistas locais consagrados deu resultados positivos, neste ano, será estendida para grupos produtores de Assu. Segundo o presidente, a intenção é atuar com a fibra de carnaúba, tendo como orientador do trabalho o artista plástico Demetrius Coelho. Na solenidade, José Ferreira e João Hélio Cavalcanti foram homenageados e receberam troféus da organização da Feira.
Promovida pelo Governo do Rio Grande do Norte, Prefeitura de Natal e Sebrae, com apoio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a Fiart agrega em um único espaço artesanato nacional e internacional, gastronomia e entretenimento. São 385 estandes e 2.630 artesãos, numa área de 7,5 mil m² do Pavilhão das Dunas do Centro de Convenções de Natal. A estimativa dos organizadores é de que a Feira gere negócios da ordem de R$ 7 milhões. 
 
*Gazeta do Oeste

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