Estiagem,
aumento nos custos dos insumos e, principalmente, os atrasos nos
repasses do Programa do Leite, do governo estadual, fizeram a
bovinocultura leiteira do Rio Grande do Norte frear qualquer
possibilidade de avanço. Nos últimos três anos, os produtores de leite
amargaram perdas de 40% na produção.
A situação da bovinocultura leiteira potiguar começou a desacelerar nos últimos dois anos. O período de estiagem ocorrido no ano de 2010 fez muitos produtores abandonarem a atividade. Nem mesmo com o inverno do ano seguinte foi capaz de dar fôlego para o setor se recuperar. Somados aos problemas do clima, estão os atrasos no repasse dos recursos do Programa do Leite, que começaram no fim do governo anterior e persistiram até março deste ano, deixando a bacia leiteira potiguar sem capital de giro.
A falta de incentivos deixa os estados vizinhos com um setor mais consolidado. Além disso, o ambiente favorável fora das terras potiguares atrai empresas do segmento lácteo para Pernambuco e Ceará. Toda essa situação posiciona o Rio Grande do Norte nos últimos lugares no ranking de desenvolvimento da pecuária no Brasil
Para reverter o quadro negativo, as principais instituições ligadas à cadeia produtiva criaram um fórum de discussão na Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faern) para sugerir ações que possam minimizar os efeitos e estabelecer políticas de apoio ao desenvolvimento do segmento, que agrega cerca de 25 mil produtores.
Na próxima quarta-feira (2), às 8h, representantes do Sebrae, Faern, Federação das Indústrias do Estado (Fiern), Associação Norte-rio-grandense de Criadores (Anorc), Sindicato da Indústria de Laticínios do RN e Sindicato dos Produtores de Leite vão elaborar uma pauta com sugestões de medidas e ações que possam ser implementadas. A proposta é também traçar estratégias para minimizar os reflexos da seca, considerada a pior desde a década de sessenta.
O documento será apresentado a parlamentares do Estado, sobretudo à bancada federal e governo durante um café da manhã que ocorrerá no dia 7. A decisão de criação do fórum surgiu após reunião realizada ontem, 27, para apresentação de um estudo feito pelo Sebrae no Rio Grande do Norte a pedido da Faern que analisa o setor entre 1996 2012.
A pesquisa mostra a evolução dos valores pagos pelo litro do produto, comparando o que é pago pelo mercado e pelo programa. Em 1999, o litro do leite era adquirido no mercado por R$ 0,36, enquanto o governo pagava R$ 0,38. Hoje, o custo é igual: R$ 0,80. No comparativo com os valores médios pagos no país, no RN em 1999 era superior, R$ 0,36, e a média nacional era de R$ 0,26. Neste ano, há uma defasagem de 3,53%.
Iniciado em fevereiro e concluído no início deste mês, o estudo executado pela Cooperativa de Serviços Técnicos do Agronegócio também verifica a relação dos custos de produção nos últimos 17 anos. O valor dos insumos e serviços elevou-se quase quatro vezes mais (397,9%) que o ocorrido no preço do leite no período de julho de 1995 a maço de 2012. Considerando-se um período mais recente (fevereiro/2008 – março/2012), observa-se que, enquanto os custos dos insumos cresceram em 37,76%, o preço do leite atingiu, em média, um crescimento de, apenas, 21,21% - cerca de 78% dos custos.
A situação da bovinocultura leiteira potiguar começou a desacelerar nos últimos dois anos. O período de estiagem ocorrido no ano de 2010 fez muitos produtores abandonarem a atividade. Nem mesmo com o inverno do ano seguinte foi capaz de dar fôlego para o setor se recuperar. Somados aos problemas do clima, estão os atrasos no repasse dos recursos do Programa do Leite, que começaram no fim do governo anterior e persistiram até março deste ano, deixando a bacia leiteira potiguar sem capital de giro.
A falta de incentivos deixa os estados vizinhos com um setor mais consolidado. Além disso, o ambiente favorável fora das terras potiguares atrai empresas do segmento lácteo para Pernambuco e Ceará. Toda essa situação posiciona o Rio Grande do Norte nos últimos lugares no ranking de desenvolvimento da pecuária no Brasil
Para reverter o quadro negativo, as principais instituições ligadas à cadeia produtiva criaram um fórum de discussão na Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faern) para sugerir ações que possam minimizar os efeitos e estabelecer políticas de apoio ao desenvolvimento do segmento, que agrega cerca de 25 mil produtores.
Na próxima quarta-feira (2), às 8h, representantes do Sebrae, Faern, Federação das Indústrias do Estado (Fiern), Associação Norte-rio-grandense de Criadores (Anorc), Sindicato da Indústria de Laticínios do RN e Sindicato dos Produtores de Leite vão elaborar uma pauta com sugestões de medidas e ações que possam ser implementadas. A proposta é também traçar estratégias para minimizar os reflexos da seca, considerada a pior desde a década de sessenta.
O documento será apresentado a parlamentares do Estado, sobretudo à bancada federal e governo durante um café da manhã que ocorrerá no dia 7. A decisão de criação do fórum surgiu após reunião realizada ontem, 27, para apresentação de um estudo feito pelo Sebrae no Rio Grande do Norte a pedido da Faern que analisa o setor entre 1996 2012.
A pesquisa mostra a evolução dos valores pagos pelo litro do produto, comparando o que é pago pelo mercado e pelo programa. Em 1999, o litro do leite era adquirido no mercado por R$ 0,36, enquanto o governo pagava R$ 0,38. Hoje, o custo é igual: R$ 0,80. No comparativo com os valores médios pagos no país, no RN em 1999 era superior, R$ 0,36, e a média nacional era de R$ 0,26. Neste ano, há uma defasagem de 3,53%.
Iniciado em fevereiro e concluído no início deste mês, o estudo executado pela Cooperativa de Serviços Técnicos do Agronegócio também verifica a relação dos custos de produção nos últimos 17 anos. O valor dos insumos e serviços elevou-se quase quatro vezes mais (397,9%) que o ocorrido no preço do leite no período de julho de 1995 a maço de 2012. Considerando-se um período mais recente (fevereiro/2008 – março/2012), observa-se que, enquanto os custos dos insumos cresceram em 37,76%, o preço do leite atingiu, em média, um crescimento de, apenas, 21,21% - cerca de 78% dos custos.
*Fonte: Jornal O Mossoroense.
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