Maurício Ferreira

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Diretor-presidente da Codern destaca investimento para ampliação do Porto de Natal


NATAL - O diretor-presidente da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), Pedro Terceiro de Melo, em entrevista a uma emissora de rádio de Natal, falou sobre os investimentos que estão sendo feitos no Porto de Natal e de suas necessidades.
Sobre a importante obra no Porto de Natal que inclui a ampliação do cais, a construção de um ancoradouro para os pescadores artesanais do Canto do Mangue e o Terminal Marítimos de Passageiros, Pedro Terceiro disse que os recursos já estão assegurados e parte deles já foi autorizada.
"Se possível, queremos usar esses recursos ainda este ano. Esperamos que, na próxima semana (nesta semana), a gente possa divulgar o edital da licitação e, consequentemente, dar início às obras. Estamos tendo todos os cuidados possíveis para que não ocorra nenhuma interrupção e como é uma obra de interesse do governo federal, do PAC, a gente espera que no período de 18 meses estejamos concluindo tanto a expansão do porto como o terminal de passageiros", disse Pedro Terceiro.
Ele afirmou que as obras do Terminal de Passageiros já foram iniciadas e pelo cronograma a obra está adiantada em 10%. "As obras estão focadas na Copa do Mundo, até porque é uma visão da presidente Dilma. Esse terminal está sendo construído tanto aqui como em Fortaleza, Recife e Salvador. Sabemos que o turismo marítimo necessita de mais de um ponto de apoio e isso vai melhorar o turismo internacional e nacional", acrescentou.
Questionado quando essa ampliação do porto efetivamente vai ocorrer trazendo o desenvolvimento para o RN e a atração de novos investimentos, já que muitos políticos e industriais dizem que não consideram que o Porto de Natal possa atrair investimentos comparados, por exemplo, com Pernambuco, o presidente da Codern explicou que essa ampliação já está ocorrendo efetivamente.
"Nós estamos dando um acréscimo no cais de 30% a 40%, concluímos a questão da dragagem, que é muito importante para o porto, e com a construção do terminal mostramos que já está sendo feita a melhora da infraestrutura. Logicamente isso é um esforço não só do porto, mas que também depende da classe produtora para que possamos incrementar mais serviços ao porto. Temos um potencial que ainda não estamos usando como deveríamos. Apenas 25% das exportações e importações do RN passam pelo Porto de Natal, ou seja, 75% desses produtos estão sendo transportados via Porto do Ceará e de Pernambuco", reforçou.
Outro ponto que necessita de um esforço da classe produtora e também da classe política junto com a Codern é a navegação de cabotagem. "Já há um comprometimento muito grande com as linhas existentes, a navegação de cabotagem é uma dificuldade que está além dos nossos esforços. Precisaríamos de mais união, mais briga e de trabalhar no sentido de diminuir os custos do nosso porto, o que a gente já vem fazendo, para que incentive e aumente o volume. Tem também a questão da Lei Kandir que no Ceará dá mais incentivo. São vários fatores que dependem da Codern, mas também de um esforço político e da classe produtora", disse. 
Ampliação pode abranger outra margem de rio
Existe um projeto de ampliação do Porto de Natal para a outra margem do rio Potengi apresentado pela diretoria anterior da Codern, mas a atual gestão vê com algumas ressalvas essa ideia.
"Entendemos que temos que fortalecer o porto que já existe. Eu acho que até para se credenciar para um porto maior, pois fica um discurso meio falho quando não viabilizamos nem o pequeno. Como provar que temos como viabilizar um grande? Eu acho que a longo prazo a necessidade vai existir, com o potencial de minério que o Estado tem, por exemplo", enfatizou.
Pedro Terceiro informou que está marcado para o dia 29 de julho a exportação de um navio de minério e que o porto está tendo os devidos cuidados para não cometer nenhum erro. "Temos que nos credenciar nesse transporte de minério para o futuro", afirmou.
Em relação ao Porto-Ilha, em Areia Branca, o presidente da Codern disse que foi feita uma ampliação na capacidade de armazenamento do porto. "Praticamente dobramos nossa capacidade de armazenamento, diminuímos em 50% o tempo de embarque e aumentamos a capacidade de receber navios maiores. Este mês vamos carregar o primeiro navio com 60 mil toneladas. Sabemos que a produção de sal teve uma queda, nos últimos anos, em virtude das chuvas e que este ano terá, para a próxima safra, uma produção bem maior", informou.
Indagado se com a ampliação do Porto-Ilha fica descartada a construção de um porto em Macau ou em Porto Mangue e se há a possibilidade ter uma linha de transmissão de exportação semanal, ele disse que pelo menos para o transporte de sal não há necessidade de um novo porto e existe, sim, a possibilidade de ter mais linhas de transmissão.
"Se existe mercado e ele existe os navios vão aparecer, mas para isso também é preciso que se faça uma somatória de esforços", concluiu.

*O Mossoroense

Um comentário:

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