O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou na última quarta-feira (10) o resultado de um estudo sobre a saúde, que apontou o nordeste como uma das regiões com os menores números de médicos do Sistema Único de Saúde (SUS). Já o Rio Grande do Norte ficou entre os 10 estados com melhores números de médicos que atendem por mil habitantes.
Os dados da pesquisa consideraram dois aspectos, o número de profissionais da área da saúde com instrução de nível superior - médicos e enfermeiros -, e o número de procedimentos aprovados - consultas e internações - todos no âmbito do SUS, por habitantes. O estudo foi intitulado de Presença do Estado no Brasil: Federação, unidades e municipalidades.
As regiões Norte e Nordeste são as que têm o menor número de médicos que atendem pelos SUS e de leitos para internação, segundo dados do estudo. A média do Nordeste ficou em 2.4 médicos por mil habitantes, enquanto a média nacional fechou em 3.1. O Rio Grande do Norte ficou com a média de 3, na classificação geral dos estados, ficou na 10ª posição.
O secretário de saúde do estado, Domício Arruda, disse que essa média do atendimento do SUS no estado é muito positiva. Hoje são 1.800 médicos que atende nas duas maiores cidades, Mossoró e Natal. Esse saldo é positivo porque os profissionais são bem pagos. Os médicos recebem complementação salarial do estado e município onde atua, além do salário. "O RN está com a média acima do nordeste, e isso é muito bom. Temos médicos em todas as cidades, mas nas duas maiores tem uma maior concentração. Essa média é positiva, porque os médicos recebem uma boa complementação" diz Arruda.
A médica Andréia Taboia que atuava em Mossoró, no programa Estratégia da Saúde da Família, relatou que os atendimentos no município sofrem por falta de profissionais em diversas especialidades. "No programa falta médicos com especialidades em ortopedia, dermatologia, neurologia, para atuarem. Isso acontece por diversos motivos, e um deles é a remuneração salarial" diz. A remuneração paga aos profissionais do SUS não é o suficiente para o trabalho que eles desenvolvem. "A falta de cursos de capacitação também é outro problema" concluiu.
As regiões Sul e Sudeste ficaram com a média de 3,7, e a região Centro-Oeste ficou com um número mediano. A pesquisa concluiu que essa concentração de médicos mais qualificados nessas regiões, em comparação com o Nordeste, acontece por causa dos salários que são pagos e também por que são maiores as possibilidades de qualificação nessas outras regiões. Andréia informou que alguns médicos migram para essas locais em busca de melhores salários e condições de trabalho. Outros buscam trabalho em municípios menores do estado. "Os médicos ficam se leiloando" afirmou.
"Cada médico realiza por mês uma média de 480 atendimentos nas unidades básicas de saúde da cidade. Já no programa Estratégia da Saúde da Família cada equipe de profissionais fica em média com um número de 4 mil pessoas. É um número muito alto. Em outros estados e países é 1000 mil o número de pessoas por equipe", relatou Andréia.
Os dados da pesquisa consideraram dois aspectos, o número de profissionais da área da saúde com instrução de nível superior - médicos e enfermeiros -, e o número de procedimentos aprovados - consultas e internações - todos no âmbito do SUS, por habitantes. O estudo foi intitulado de Presença do Estado no Brasil: Federação, unidades e municipalidades.
As regiões Norte e Nordeste são as que têm o menor número de médicos que atendem pelos SUS e de leitos para internação, segundo dados do estudo. A média do Nordeste ficou em 2.4 médicos por mil habitantes, enquanto a média nacional fechou em 3.1. O Rio Grande do Norte ficou com a média de 3, na classificação geral dos estados, ficou na 10ª posição.
O secretário de saúde do estado, Domício Arruda, disse que essa média do atendimento do SUS no estado é muito positiva. Hoje são 1.800 médicos que atende nas duas maiores cidades, Mossoró e Natal. Esse saldo é positivo porque os profissionais são bem pagos. Os médicos recebem complementação salarial do estado e município onde atua, além do salário. "O RN está com a média acima do nordeste, e isso é muito bom. Temos médicos em todas as cidades, mas nas duas maiores tem uma maior concentração. Essa média é positiva, porque os médicos recebem uma boa complementação" diz Arruda.
A médica Andréia Taboia que atuava em Mossoró, no programa Estratégia da Saúde da Família, relatou que os atendimentos no município sofrem por falta de profissionais em diversas especialidades. "No programa falta médicos com especialidades em ortopedia, dermatologia, neurologia, para atuarem. Isso acontece por diversos motivos, e um deles é a remuneração salarial" diz. A remuneração paga aos profissionais do SUS não é o suficiente para o trabalho que eles desenvolvem. "A falta de cursos de capacitação também é outro problema" concluiu.
As regiões Sul e Sudeste ficaram com a média de 3,7, e a região Centro-Oeste ficou com um número mediano. A pesquisa concluiu que essa concentração de médicos mais qualificados nessas regiões, em comparação com o Nordeste, acontece por causa dos salários que são pagos e também por que são maiores as possibilidades de qualificação nessas outras regiões. Andréia informou que alguns médicos migram para essas locais em busca de melhores salários e condições de trabalho. Outros buscam trabalho em municípios menores do estado. "Os médicos ficam se leiloando" afirmou.
"Cada médico realiza por mês uma média de 480 atendimentos nas unidades básicas de saúde da cidade. Já no programa Estratégia da Saúde da Família cada equipe de profissionais fica em média com um número de 4 mil pessoas. É um número muito alto. Em outros estados e países é 1000 mil o número de pessoas por equipe", relatou Andréia.
Faltam leitos em grande parte do Nordeste
A pesquisa também avaliou os procedimentos e o número de leitos por cada estado. As regiões também apresentaram números diferentes, porém não tão distintos quanto em relação ao número de médicos. A média nacional fechou em 2,6. A região Nordeste apresentou uma média idêntica à nacional, comprovando que o número de leitos também é insuficiente.
No ano de 2011 o número de leitos de internação pelo SUS fechou em 330.641. Desses o Nordeste concentra 30,1%. O Rio Grande do Norte tem 6.519 leitos distribuídos nos 167 municípios. Esse problema é somado à falta de médicos que acaba tornando-se um problema sério para quem necessita de atendimento.
Na região Nordeste 41% dos municípios apresentam uma média inferior de um médico para mil habitantes. E a média de dois ou mais médicos por mil habitantes é de 14%. O instituto avaliou e destacou que esses dados são preocupantes, e necessita de uma solução imediata. A pesquisa também apontou resultados com relação às consultas que são feitas pelos SUS. 460 municípios em todo o Brasil apresentam média inferior a um atendimento por habitante, e 2.176 municípios não têm internações, considerando que não têm leitos para internação.
Os resultados concluíram que é grave o desequilíbrio regional, desfavorecendo as regiões menos desenvolvidas. Os fatores econômicos dos estados agravam a situação da desigualdade social.
A pesquisa também avaliou os procedimentos e o número de leitos por cada estado. As regiões também apresentaram números diferentes, porém não tão distintos quanto em relação ao número de médicos. A média nacional fechou em 2,6. A região Nordeste apresentou uma média idêntica à nacional, comprovando que o número de leitos também é insuficiente.
No ano de 2011 o número de leitos de internação pelo SUS fechou em 330.641. Desses o Nordeste concentra 30,1%. O Rio Grande do Norte tem 6.519 leitos distribuídos nos 167 municípios. Esse problema é somado à falta de médicos que acaba tornando-se um problema sério para quem necessita de atendimento.
Na região Nordeste 41% dos municípios apresentam uma média inferior de um médico para mil habitantes. E a média de dois ou mais médicos por mil habitantes é de 14%. O instituto avaliou e destacou que esses dados são preocupantes, e necessita de uma solução imediata. A pesquisa também apontou resultados com relação às consultas que são feitas pelos SUS. 460 municípios em todo o Brasil apresentam média inferior a um atendimento por habitante, e 2.176 municípios não têm internações, considerando que não têm leitos para internação.
Os resultados concluíram que é grave o desequilíbrio regional, desfavorecendo as regiões menos desenvolvidas. Os fatores econômicos dos estados agravam a situação da desigualdade social.
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