Maurício Ferreira

sábado, 30 de julho de 2011

Índices da Fiern apontam recuo da construção civil


Junho é o segundo mês seguido, em que a indústria da construção civil potiguar apresenta desempenho negativo

A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN, em parceria com a CNI/CBIC, realizada entre os dias 1° e 15 de julho de 2011, registrou recuo da construção civil no estado. Os dados são referentes ao mês de junho e para o segundo trimestre do ano, quando excesso de chuvas pode ter contribuído para o menor fôlego.

Este é o segundo mês seguido, em que a indústria da construção potiguar apresenta desempenho negativo. Em junho, o indicador de evolução do nível de atividade recuou 0,83%, passando de 48,4 para 48,0 pontos, indicando da queda em relação ao mês anterior. Na comparação com junho de 2010, o recuo foi mais significativo, ou seja, 13,04% (55,2 pontos).

Mesmo com os índices de desempenho em recuo, o nível de atividade efetiva ficou dentro do padrão usual para os meses de junho. O indicador do nível de atividade efetiva-usual cresceu 3,31%, passando de 48,4 para 50,0 pontos, mostrando que, na avaliação dos empresários da construção, a atividade do setor estava dentro do padrão usual para o período. Na comparação com junho de 2010, o indicador mostra um recuo de 11,03% (56,2 pontos).

O número de empregados apontou queda em relação a maio, índice reputado ao menor dinamismo da indústria. O indicador de evolução do número de empregados - agora com divulgação mensal - caiu 9,07%, passando de 54,0 para 49,1 pontos, indicando redução do número de empregados em relação ao levantamento anterior.

Em julho, as expectativas para os próximos seis meses continuam positivas com relação ao nível de atividade, às compras de insumos e matérias-primas, à contratação de novos empreendimentos e serviços e ao número de empregados, embora os indicadores tenham registrado patamares inferiores aos observados em maio e junho.

O indicador de expectativas quanto à evolução do nível de atividade caiu 4,46%, passando de 62,8 para 60,0 pontos. Embora tenha caído, o indicador ainda permanece acima da marca divisória dos 50 pontos, mostrando que os empresários potiguares prevêem aumento do nível de atividade nos próximos seis meses.

O indicador relativo às compras de matérias-primas apontou uma queda de 10,19%, ao passar de 64,8 para 58,2 pontos. Esse resultado revela que as compras de insumos e matérias-primas poderão continuar a crescer nos próximos seis meses, porém em menor intensidade.

Também deve crescer em menor ritmo, as contratações de novos empreendimentos e serviços. O indicador de expectativas quanto aos novos empreendimentos e serviços recuou 5,96%, passando de 63,8 para 60,0 pontos.

Quanto à evolução do número de empregados para os próximos seis meses o indicador declinou 3,86%, passando de 62,2 para 59,8 pontos (valores acima de 50 pontos indicam otimismo).
 

 

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