Maurício Ferreira

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Fóruns das cidades de Patu e Martins são invadidos e saqueados por arrombadores


Em Patu, os autores do crime levaram documentos eleitorais e em Martins armas foram furtadas

Os Fóruns dos municípios de Patu e Martins foram arrombados durante a madrugada de ontem. Os crimes só foram percebidos durante o expediente da manhã quando funcionários compareceram para trabalhar.
Segundo informações da Polícia Militar, no Fórum Municipal de Patu, o interesse dos arrombadores era em documentos do Cartório Eleitoral, mas até o fechamento desta edição eles ainda não haviam concluído os levantamentos do material furtado durante a madrugada.
Já no Fórum de Martins, o interesse dos saqueadores eram armas de fogo, que estavam custodiadas e que serviriam de prova em julgamentos. A polícia de Martins não confirmou se documentos do Cartório Eleitoral haviam sido furtados. Os levantamentos também não haviam sido concluídos.
Em ambos os prédios da Justiça, peritos do Instituto-técnico Científico de Polícia (ITEP) realizaram coleta de material como digitais na tentativa de identificar os arrombadores. Até ontem, o assessor de comunicação da Polícia Federal, o agente Paulo Nascimento, não havia confirmado se eles participariam das investigações. Segundo o assessor, nenhuma solicitação foi encaminhada à Delegacia de Polícia Federal em Mossoró, confirmando o furto de documentos eleitorais.

Arsenal desprotegido - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, chegou a propor a inutilização imediata do arsenal de 753 mil armas custodiadas em fóruns de Justiça em todo o País e que aguardam desfecho de processos criminais, "como forma de significativa contribuição à campanha do desarmamento na sociedade brasileira".
A proposta de Ophir foi apresentada no Ministério da Justiça em abril de 2011, durante reunião da campanha nacional do desarmamento. O número de armas de fogo apreendidas e custodiadas nos Tribunais de Justiça dos 26 Estados e Distrito Federal - que equivale ao mesmo número de armas de uso das forças policiais em todo o País - foi levantado e catalogado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Com a danificação dessas armas, Ophir observou, esse arsenal deixaria de ser um perigo para a sociedade, evitando que volte às ruas por meio de furtos ou ações de grupos criminosos que cobiçam esse armamento, ao mesmo tempo em que seriam preservadas provas processuais.
 
*Gazeta do Oeste.

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