O Rio Grande do Norte teve o segundo maior crescimento em índice de homicídio durante os últimos 10 anos entre as 27 unidades federativas do Brasil. A incômoda posição foi divulgada ontem pelo Instituto Sangari, através do Mapa da Violência 2012. O RN só perde no aumento da violência para o Estado do Pará. Enquanto a média nacional de crescimento foi de 10%, entre 1980 e 2010, no RN foi de 189%. O estudo mostra também que 32 cidades potiguares cresceram acima da média no Brasil em dez anos.
A pesquisa engloba todos os assassinatos registrados pelas 27 unidades federativas entre os anos de 1980 e 2010. Os números são fornecidos pelos governos estaduais e o cálculo é feito mediante uma comparação entre o número de homicídios e a quantidade de habitantes. O estudo mostra que o Rio Grande do Norte atravessou dois períodos distintos nesses 30 anos. Esse crescimento exacerbado da violência pode ser verificado a partir de 2004. Até então, a média de homicídios era baixa. É a partir daí que o índice encosta na média nacional e depois disso dispara, ficando quase 20 vezes maior.
Nesse primeiro período, entre 1980 e 2004, a taxa de violência avança lentamente. Os autores da pesquisa afirmam que esse crescimento lento é devido ao aumento da violência nas cidades do interior, que aos poucos vão elevando o posicionamento do RN perante os outros estados e a média nacional. Nesse primeiro período, o RN tinha a segunda menor média do Brasil, com 11,7 mortes a cada 100 mil habitantes. De 2004 em diante, a violência avança aceleradamente nas cidades potiguares, colocando a unidade norte-rio-grandense como a segunda mais violenta do Brasil, em índice de avanço.
Das 167 cidades que integram o estado norte-rio-grandense, 32 delas se destacam pelos índices de violência. Curiosamente, o maior índice (feito pela relação matemática entre o número de assassinatos e a quantidade de habitantes) é de Tibau, cidade distante 42km de Mossoró. De acordo com o estudo, a média nacional das cidades é de 26 mortes a cada 100 mil habitantes em diante. Tibau apresenta uma taxa de 81,4, quase três vezes mais violenta do que a maioria das cidades brasileiras. A cidade tem uma característica particular: no período de veraneio, o número de habitantes exorbita.
Abaixo de Tibau surge a pequena João Dias, na região Alto Oeste, com um índice de 76,9 assassinatos, a segunda maior média no RN. Logo atrás vêm Caraúbas (71,5), que tem tido destaque em vários outros estudos da violência a nível nacional; Rafael Godeiro (65,3); Riacho da Cruz (63,2); Almino Afonso (61,6), cidade que também figurou noutras pesquisas; e Mossoró (52,7), município que também tem aparecido em incômodas posições em outros estudos que verificam a média de assassinatos - surgiu inclusive em outras edições do Mapa da Violência nos Municípios Brasileiros.
A pesquisa engloba todos os assassinatos registrados pelas 27 unidades federativas entre os anos de 1980 e 2010. Os números são fornecidos pelos governos estaduais e o cálculo é feito mediante uma comparação entre o número de homicídios e a quantidade de habitantes. O estudo mostra que o Rio Grande do Norte atravessou dois períodos distintos nesses 30 anos. Esse crescimento exacerbado da violência pode ser verificado a partir de 2004. Até então, a média de homicídios era baixa. É a partir daí que o índice encosta na média nacional e depois disso dispara, ficando quase 20 vezes maior.
Nesse primeiro período, entre 1980 e 2004, a taxa de violência avança lentamente. Os autores da pesquisa afirmam que esse crescimento lento é devido ao aumento da violência nas cidades do interior, que aos poucos vão elevando o posicionamento do RN perante os outros estados e a média nacional. Nesse primeiro período, o RN tinha a segunda menor média do Brasil, com 11,7 mortes a cada 100 mil habitantes. De 2004 em diante, a violência avança aceleradamente nas cidades potiguares, colocando a unidade norte-rio-grandense como a segunda mais violenta do Brasil, em índice de avanço.
Das 167 cidades que integram o estado norte-rio-grandense, 32 delas se destacam pelos índices de violência. Curiosamente, o maior índice (feito pela relação matemática entre o número de assassinatos e a quantidade de habitantes) é de Tibau, cidade distante 42km de Mossoró. De acordo com o estudo, a média nacional das cidades é de 26 mortes a cada 100 mil habitantes em diante. Tibau apresenta uma taxa de 81,4, quase três vezes mais violenta do que a maioria das cidades brasileiras. A cidade tem uma característica particular: no período de veraneio, o número de habitantes exorbita.
Abaixo de Tibau surge a pequena João Dias, na região Alto Oeste, com um índice de 76,9 assassinatos, a segunda maior média no RN. Logo atrás vêm Caraúbas (71,5), que tem tido destaque em vários outros estudos da violência a nível nacional; Rafael Godeiro (65,3); Riacho da Cruz (63,2); Almino Afonso (61,6), cidade que também figurou noutras pesquisas; e Mossoró (52,7), município que também tem aparecido em incômodas posições em outros estudos que verificam a média de assassinatos - surgiu inclusive em outras edições do Mapa da Violência nos Municípios Brasileiros.
Mais de 1 milhão de assassinatos no Brasil
O Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de vítimas de homicídio, num período de 30 anos. A pesquisa feita pelo Instituto Sangari aponta que o número de homicídios passou de 13,9 mil em 1980 para 49,9 mil em 2010, o que representa um aumento de 259%. Com o crescimento da população nesses 30 anos, a taxa de homicídios passou de 11,7 em cada grupo de 100 mil habitantes em 1980 para 26,2 em 2010.
A média anual de mortes por homicídio no país supera o número de vítimas de enfrentamentos armados no mundo. Entre 2004 e 2007, 169,5 mil pessoas morreram nos 12 maiores conflitos mundiais. No Brasil, o número de mortes por homicídio nesse mesmo período foi de 192,8 mil.
No entanto, o relatório aponta que nesses 30 anos houve uma ruptura no crescimento da taxa de homicídios no país. Entre 2003 e 2010, houve variação negativa de 1,4% ao ano. Porém, a partir de 2005, foi verificada uma instabilidade, com oscilações em torno de 26 homicídios em 100 mil habitantes. Em 2010, ocorreram 50 mil assassinatos no país. Segundo o relatório, foram registrados 137 homicídios por dia.
Os dados do Mapa da Violência demonstram ainda que os estados que lideravam as estatísticas no início da década, como Pernambuco, o Rio de Janeiro, o Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso, Roraima e Distrito Federal apresentam quedas do índice de homicídios. São Paulo e o Rio de Janeiro apresentam reduções de 63,2% e 42,9%, respectivamente.
Por outro lado, os 17 estados com as menores taxas do país no ano 2000 apresentam taxas crescentes. Em vários locais, esse aumento teve tal magnitude que levou os estados a ocupar um lugar de destaque no contexto nacional no final da década. Assim, Alagoas passou a ocupar o primeiro lugar no Mapa da Violência. O Pará passou da 21ª posição para a terceira; a Paraíba, da 20ª para a sexta, e a Bahia, da 23ª para sétima posição.
O ranking do Mapa da Violência 2012 é liderado por Alagoas, seguido pelo Espírito Santo, Pará por Pernambuco e pelo Amapá (com informações da Agência Brasil).
O Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de vítimas de homicídio, num período de 30 anos. A pesquisa feita pelo Instituto Sangari aponta que o número de homicídios passou de 13,9 mil em 1980 para 49,9 mil em 2010, o que representa um aumento de 259%. Com o crescimento da população nesses 30 anos, a taxa de homicídios passou de 11,7 em cada grupo de 100 mil habitantes em 1980 para 26,2 em 2010.
A média anual de mortes por homicídio no país supera o número de vítimas de enfrentamentos armados no mundo. Entre 2004 e 2007, 169,5 mil pessoas morreram nos 12 maiores conflitos mundiais. No Brasil, o número de mortes por homicídio nesse mesmo período foi de 192,8 mil.
No entanto, o relatório aponta que nesses 30 anos houve uma ruptura no crescimento da taxa de homicídios no país. Entre 2003 e 2010, houve variação negativa de 1,4% ao ano. Porém, a partir de 2005, foi verificada uma instabilidade, com oscilações em torno de 26 homicídios em 100 mil habitantes. Em 2010, ocorreram 50 mil assassinatos no país. Segundo o relatório, foram registrados 137 homicídios por dia.
Os dados do Mapa da Violência demonstram ainda que os estados que lideravam as estatísticas no início da década, como Pernambuco, o Rio de Janeiro, o Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso, Roraima e Distrito Federal apresentam quedas do índice de homicídios. São Paulo e o Rio de Janeiro apresentam reduções de 63,2% e 42,9%, respectivamente.
Por outro lado, os 17 estados com as menores taxas do país no ano 2000 apresentam taxas crescentes. Em vários locais, esse aumento teve tal magnitude que levou os estados a ocupar um lugar de destaque no contexto nacional no final da década. Assim, Alagoas passou a ocupar o primeiro lugar no Mapa da Violência. O Pará passou da 21ª posição para a terceira; a Paraíba, da 20ª para a sexta, e a Bahia, da 23ª para sétima posição.
O ranking do Mapa da Violência 2012 é liderado por Alagoas, seguido pelo Espírito Santo, Pará por Pernambuco e pelo Amapá (com informações da Agência Brasil).
*Jornal de Fato
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