Maurício Ferreira

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Ferrovia é vista como solução para o RN

Para Jean-Paul Prates, o Rio Grande do Norte deveria lutar pela ferrovia interligando o Estado à Transnordestina, na cidade de Quixadá (CE). "Outro trecho de ferrovia que, se recuperado, seria fundamental para o desenvolvimento do Estado é o que interliga Macau a Natal, assim como o trecho de ferrovia do Porto de Natal à região de Ceará Mirim", destaca, que atualmente trabalha na reestruturação da fábrica de barrilha de Macau.
A proposta de Prates é parecida com a que defende o economista inglês Brian E. Tipler, que projetou e está viabilizando a estrutura da Zona de Processamento e Exportação (ZPE do Sertão) no município de Assú. "Ele observa que o potencial industrial do Rio Grande do Norte está inviabilizado devido à questão logística e que a ferrovia interligando a Transnordestina colocaria o Rio Grande do Norte no eixo de desenvolvimento do Nordeste".
A proposta de Tipler permitirá, inclusive, que, se algum empresário do setor eólico desejar, poderá instalar sua fábrica na ZPE do Sertão, em Assú, com todos os benefícios alfandegários, incentivos fiscais, infraestrutura proporcionada pelo projeto aprovado pelo presidente Lula da Silva. Além de fomentar o setor industrial, também, conforme Tipler, viabiliza transporte para o setor de extração e indústria de cimento e cal na região de Mossoró e Baraúna.
Para implantar a ZPE do Sertão, a previsão inicial de investimento é de aproximadamente R$ 1 bilhão, mais ou menos o valor que foi investido na instalação da Termoaçu, no município do Alto do Rodrigues. O projeto prevê sistema elétrico e de comunicação próprio, num investimento aproximado a 60 milhões. Além da ferrovia, a ZPE também terá segurança, água e acesso próprio, tudo controlado pelo sistema alfandegário nacional.
Outra proposta que pode interligar a região e ajuda na escoação da produção é a reativação do ramal ferroviário Macau-Natal. Para 2014, a grande expectativa quanto à questão logística é o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante. Essa estrutura foi privatizada e o Governo do Estado se esforça para entregar a estrutura prometida à empresa que comprou os diretos de explorar o aeroporto o mais rápido possível.
Jean Paul Prates e Antônio Figueiredo dizem que, sendo construída a ferrovia com as devidas dimensões ligando o setor produtivo à Transnordestina, pode ser uma saída para importar matéria-prima, industrializar e exportar produtos do setor eólico no Rio Grande do Norte. A Transnordestina está interligada aos Portos do Pecém e do Suape, além das áreas de extração de minério entre Minas Gerais, Bahia e Goiás.

GRANELEIROS
Também figura como bom negócio, segundo os especialistas, a ideia de instalar um porto de médio porte em Porto do Mangue. Nesta proposta ganha o apoio do presidente da Mineradora Mhag, Pio Sachi, de Jucurutu, que sonha com o empreendimento para facilitar a exportação do ferro bruto que extrai da Mina do Bonito, em Jucurutu. Neste caso, Pio Sachi quer construir um mineroduto para transportar o ferro da mina ao porto.

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