Maurício Ferreira

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

MP denuncia quadrilha de traficantes

O Ministério Público Estadual denunciou 12 pessoas acusadas de integrarem uma rede interestadual de tráfico de entorpecentes, que abastecia diversos pontos de venda de Mossoró e cidades vizinhas. A denúncia foi feita a partir de uma minuciosa investigação feita por policiais federais de Mossoró, que prenderam várias pessoas ligadas ao esquema e apreenderam uma parte dos carregamentos que eram enviados à cidade pela quadrilha. Dos 12 que participavam do esquema, seis são potiguares.
A investigação feita pela Polícia Federal, em Mossoró, começou em fevereiro de 2010, quando os agentes passaram a levantar informações sobre uma quadrilha que buscava crack e cocaína nos Estados do Mato Grosso do Sul e Paraná, que ficam no limite do Brasil com o Paraguai e a Bolívia. A droga era enviada a Mossoró, onde era distribuída entre traficantes da cidade e região. O trabalho avança a partir da prisão de Ênio Rezende de Paula, flagrado pela PF em abril desse ano com nove quilos de crack. A droga estava sendo trazida de Brasília, depois de ter sido adquirida nos países vizinhos.Todo o esquema girava em torno justamente de um brasiliense. O comerciante Gutemberg Soares de Sousa, de 27 anos, conhecido como "Boy", era o responsável pelo abastecimento de boa parte da droga que era vendida em Mossoró e cidades da região, como Areia Branca, por exemplo. Ele foi apontado pelas investigações da Polícia Federal como o líder do esquema internacional de tráfico de entorpecentes. O mossoroense Carlos Magno da Silva, 38, foi apontado como uma espécie de "braço-direito" de Gutemberg. Ele era o responsável pela negociação da droga com os traficantes locais.Ainda segundo o que foi investigado pela Polícia Federal, o esquema de remeça de drogas do exterior para Mossoró e região funcionava há aproximadamente sete anos, todo ele sob o comando de Boy. As transações entre os traficantes potiguares com o brasiliense começaram em 2004, quando ele tinha somente 20 anos. O "negócio" era administrado por ele, com a ajuda do mossoroense Carlos Magno, em Mossoró, além de outras pessoas da família que ajudavam e também foram denunciadas pelo MP, sob a assinatura do promotor Romero Marinho, da Promotoria de Entorpecentes.Ele era o responsável pela aquisição da droga no exterior e o envio a Mossoró, mas seus familiares participavam dando apoio. Nessa parte do processo, ele contava com a ajuda também de uma irmã, a desempregada Silmara Soares de Souza, 31, conhecida como "Xibiu". Para não chamar muito a atenção da Polícia com grandes transações bancárias, ele usou a irmã Lindemara Soares de Souza, a mãe Maria Cleide da Cunha Souza, e a ex-esposa Silvani Nunes da Silva, que forneciam suas contas para receber o dinheiro da compra e venda - da família, apenas Silmara foi denunciada pelo MP.

*jornal de fato

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