Maurício Ferreira

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Serras Potiguares despertam para o ecoturismo


Para quem está acostumado a associar programas legais no Rio Grande do Norte ao litoral do Estado terá uma grande surpresa ao encontrar, em meio à região do Alto Oeste Potiguar, trilhas, cachoeiras, sítios arqueológicos e mirantes. Na região serrana, onde o clima é ameno (em torno de 17 graus), se destacam pelas belezas naturais as cidade e Martins e Portalegre.

A cidade de Portalegre foi fundada pelo português em 1761, e recebeu este nome em homenagem ao vilarejo homônimo da região de Alentejo, Portugal. Com pouco mais de sete mil habitantes, o município tem como uma de suas principais atrações a Cachoeira do Pinga, com aproximadamente noventa e cinco metros de extensão e de fácil acesso (alguns minutos de caminhadas entre pequenos córregos, pontes de madeira e pedras) e um visual de encher os olhos.


Um outro passeio imperdível (feito preferencialmente com guia local) é o acesso através de trilhas para as Torres (formação rochosa que lembra um cânion com uma visão privilegiada de toda a região a mais de seiscentos metros de altitude) e ao sitio arqueológico Pedra do Letreiro. São nove quilômetros de caminhada (entre ida e volta), algumas escoriações e picadas de insetos, mas vale a pena – o visual deslumbrante do alto da serra, as pinturas rupestres dentro das grutas e o clima de aventura e descoberta, são pura adrenalina.




Para o final da tarde, a dica é visitar a Fonte da Bica, com águas cristalinas vindas do alto da serra e cercadas por jardins e praças, como também visitar o Mirante da Boa Vista, local super agradável e que reúne um grande número de pessoas para se deliciar com a linda visão e claro, com a culinária impecável, oferecida pelo restaurante do mirante.




Em Martins, além de dois mirantes e da igreja secular, dois passeios são imperdíveis: A visita a Pedra Rajada que tem essa denominação devido à formação de manchas provocadas pelas águas das chuvas e que formam a silhueta de um perfil que se assemelha ao rosto de Cristo, como se estivesse com as mãos postas levantadas à ponta do queixo, elevando ligeiramente a cabeça, como um gesto de oração a Deus.


O segundo passeio é para a Casa de Pedra, uma caverna localizada num pequeno vale da Fazenda Trincheira, sendo a cristalização mais antiga de um afloramento marítimo de calcário do período pré-cambriano, com cem metros de comprimento, divididos em vários salões menores, alguns profundos, escuros e cheios de morcegos, para chegar lá é preciso enfrentar cerca de trinta quilômetros de estrada esburacada. O caminho é cheio de lagos, planícies, vitórias regias e plantas exóticas.




*Revista univérditaria news/blog do clistenes carlos.

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