Maurício Ferreira

sábado, 24 de setembro de 2011

Professora mantém museu no sertão de Umarizal




Interesse por preservar relíquias vem atraindo a curiosidade de visitantes e transformando a fazenda em ponto turístico
Preservar objetos antigos, colecionar e relacionar fatos históricos são atividades que fazem parte da rotina de muitas pessoas que gostam de manter vivo o passado. O prazer em ser o proprietário de um objeto raro ou ser possuidor de um documento único vem conquistando cada vez mais simpatizantes.

No Rio Grande do Norte, por exemplo, algumas regiões vêm se destacando nessa modalidade, como o museu particular existente no Sítio Lagoa da Taboa, zona rural de Campo Grande, de propriedade do marinheiro aposentado Alberto Vieira Liberato, 67 anos, onde estão reunidas verdadeiras relíquias de várias partes do mundo. Recentemente divulgado em matéria neste diário.

Outro museu particular que também vem chamando a atenção de visitantes de outros Estados do Brasil é a casa da professora aposentada Sônia Onofre Pereira de Melo, 65 anos, localizada na fazenda Lagoa do Serrote, zona rural do município de Umarizal, Médio-Oeste potiguar.  O local, de longe, já expõe um belo visual que mistura arte, cultura e história.

A proprietária prefere não se referir a sua casa como um museu particular, mas admite que o prazer em reunir objetos antigos é uma tarefa incansável que pretende desenvolver até o fim dos seus dias.

“Sempre gostei de guardar coisas antigas e como tive a oportunidade de adquirir objetos raros que pertenceram a minha família tenho o maior orgulho de preservá-los”, ressalta.

Sônia tem a seu favor uma família de renome no Rio Grande do Norte, o que facilita o seu trabalho de reunir documentos históricos. É filha do juiz Manoel Onofre de Souza (falecido), nome dado a cadeia pública de Mossoró.

Outro ponto que incentivou a colecionadora foi a casa onde guarda todas as relíquias, que é onde toda a sua família morou e que ela consegue manter com os mesmos padrões arquitetônicos de quase dois séculos.




CASA MUSEU

Entre os objetos colecionados, muitos até mesmo guardados “a sete chaves”, Sônia mantém coleções raras como: discos (LPs) do grupo inglês Beatles e uma radiola que toca este tipo de disco. “Nunca pensei em jogar os discos de vinil fora ou substituí-los por CDs, então adquiri uma radiola desse modelo para ouvir os discos.

Entre as antiguidades, mantém intacto o primeiro aparelho de TV em preto e branco, o 1º modelo de liquidificador e batedeira planetária da marca Walita, relógio de parede em madeira, câmeras digitais antigas, óculos com armação em ouro (que pertenceram a familiares), livros de escritos no início do século passado.

Entre as particularidades, Sônia expõe em uma sala reservada um verdadeiro arquivo em fotos que retratam as cidades do RN no passado. Entre as fotos antigas, uma foto dela feita e emoldurada pelo histórico fotógrafo Manoelito.

A colecionadora estima que possua, segundo o último registro, mais de 500 peças antigas incluindo móveis em madeira fabricados há 200 anos. Sônia admite a possibilidade de transformar a casa em um ponto de visitação pública, porém, adianta que ainda precisa amadurecer melhor essa ideia.

“Não tenho problemas em receber visitantes, mas transformar o local em visitação pública é um projeto a ser pensado posteriormente”, frisou.

*gazeta do oeste

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