Maurício Ferreira

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Mortes maternas no RN estão relacionadas com acesso ao atendimento


Pesquisa foi realizada em Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Norte e, em caráter de teste, na Indonésia e Moçambique.


Transtornos hipertensivos, abortos, hemorragias e complicações pós-parto são as principais causas de mortalidade materna e neonatal no Rio Grande do Norte, de acordo com dados apresentados nesta terça-feira (13), durante uma reunião do Comitê Estadual de Mortalidade Materna e Neonatal, no auditório da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).

Os dados fazem parte da pesquisa: "Utilizando os Direitos Humanos para a Saúde Materna e Neonatal: um instrumento para fortalecimento de leis, políticas e normas de cuidado em Saúde Pública", de José Sueldo Queiroz, Mestre em Psicobiologia e Diretor Técnico do Centro de Reabilitação Infantil e Adulto (CRI/CRA).

A pesquisa foi realizada, entre os anos de 2005 e 2006, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com o Ministério da Saúde e Sesap. Os dados foram coletados nos estados de Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Norte e, em caráter de teste, na Indonésia e Moçambique.

No RN foram pesquisados os municípios de Natal, Caicó e João Câmara. De acordo com os dados levantados, as principais causas de mortalidade materna e neonatal têm relação direta com o acesso e a qualidade da atenção em saúde. Entre os recém-nascidos as principais causas de morte são: problemas respiratórios, má formação, pré-maturidade, baixo peso, complicações maternas e infecções perinatais.

"Esta pesquisa serve de base para que possamos melhorar e cumprir as recomendações indicadas pelo estudo", afirmou a presidente do Comitê Estadual de Mortalidade Materna e Neonatal, Maria do Carmo Lopes.

As principais recomendações que a pesquisa traz para os gestores são: o fortalecimento da interiorização das políticas de saúde, organização e melhor estruturação dos sistemas de informação e notificação de óbitos, implementação de comitês de mortalidade nos municípios, incremento de recursos humanos, qualidade do pré-natal e acesso integral e humanizado aos serviços de saúde.

*nominuto.com

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