Maurício Ferreira

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Empresa francesa vai comprar castanha orgânica do RN



A Bio Sourcing, empresa francesa especializada na comercialização de gêneros orgânicos, pretende importar 20 toneladas de castanhas orgânicas de três cooperativas do Rio Grande do Norte. O anúncio foi feito ontem, por representantes da própria empresa, após dois dias de visita às cooperativas de produtores de Novo Pingos (Assú), Coopapi (Apodi) e Coopercaju (Serra do Mel).

Acompanhado por representantes do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RN), o empresário francês Laurent Kerdoncuff conheceu a cadeia produtiva da cajucultura no Estado, desde o processo de produção e beneficiamento da castanha até as instalações das minifábricas.

A negociação, no entanto, dependerá de conversas futuras. Mas também terá como base o volume de castanha produzido na próxima safra. "Estamos muito otimistas com as conversas que tivemos. Vamos manter contato com a empresa e, dependendo das conversas e de quanto produzirmos, fecharemos o negócio", entusiasma-se a presidente da Coopercaju, Terezinha Maria de Oliveira. Ela não descarta uma parceria com as outras cooperativas para atender ao volume solicitado e concretizar a negociação.

A notícia deu uma dose extra de ânimo para os cajucultores, que amargaram perdas significativas no ano passado devido ao baixo índice pluviométrico registrado nas principais regiões produtoras de caju. A safra de castanha em 2010 não ultrapassou as 15 mil toneladas, diferente de safras anteriores quando o Rio Grande do Norte chegou a produzir 43 mil toneladas da amêndoa.

De acordo com o gestor de Cajucultura do Sebrae-RN, Franco Marinho, a intermediação entre empresários e pequenos produtores faz parte da estratégia do projeto para promover e viabilizar a produção das pequenas unidades produtivas no Estado, estimular a produção e ampliar o volume de negócios dos produtores rurais. "É função do Sebrae orientar, realizar esses encontros de negócios, e promover o desenvolvimento destes pequenos negócios", ressalta.

Atualmente, a Coopercaju possui 22 produtores certificados em orgânicos. A Coopapi concentra outros 20 cajucultores que detêm a certificação. Já a Coopingos aguarda a conclusão do processo de conversão em produção orgânica, que deve ser anunciada ainda neste semestre.

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