Maurício Ferreira

sábado, 20 de agosto de 2011

Professores e técnicos-administrativos da Uern dialogam com Rosalba Ciarlini e entregam contraproposta da categoria

protesto_na_ficroOs professores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), em greve desde o dia 31 de maio, deram mais uma demonstração que estão dispostos a negociar com o Governo do Estado para o fim da paralisação. Anteontem, em Mossoró, os docentes fizeram uma contraproposta à governadora Rosalba Ciarlini.
Em documento a ela entregue, os professores aceitam os prazos e índices de reajustes propostos segunda-feira (15) pelo Executivo, ou seja, 10,65% em abril de 2012; 7,43% em abril de 2013; e 7,43% em abril de 2014, desde que aos percentuais sugeridos seja acrescida a variação da inflação acumulada no período.
"Em termos de prazo estabelecido, aceitamos o princípio da proposta do governo. Entretanto, é preciso que os índices sugeridos sejam reajustados. Entendemos que a administração estadual tem plenas condições de atender a nova proposta", explica o presidente da Aduern, professor Flaubert Torquato.
Flaubert Torquato e o vice-presidente da Associação dos Docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Aduern), professor Neto Vale, conversaram com a governadora Rosalba Ciarlini na abertura da 24ª edição da Feira Industrial e Comercial de Mossoró (Ficro), anteontem à noite, no Expocenter.
O diálogo ocorreu após o discurso da governadora, no qual ela alegou que o Estado gasta R$ 500 mil por dia com a Universidade, após provocação dos professores, que gritavam "E a Uern, governadora?", durante o discurso dela. Rosalba também voltou a responsabilizar o governo anterior pelas dificuldades financeiras enfrentadas pela atual administração.
Após o discurso e de entrevista à imprensa, a governadora se dirigiu à comunidade acadêmica da Uern, cuja mobilização também participava o Comando de Mobilização Estudantil de Mossoró (Comem). Foi nessa oportunidade que os professores entregaram a contraproposta da categoria a Rosalba.
A conversa, segundo Neto Vale, foi civilizada e cordial, "como deve ser". Os professores agora esperam pela resposta positiva do governo para terminar a greve geral na Universidade, que prejudica o calendário acadêmico de 2011 e até prazos do Processo Seletivo Vocacionado (PSV), cujas provas, em dezembro, foram adiadas. 
PROGRAMAÇÃO
Ontem, o comando de greve da Uern se reuniu na sede da Aduern e deliberou sobre a programação da greve para a próxima semana. Segunda-feira (22), será realizado um "twittaço", às 9h, em defesa da Uern. Terça-feira (23), haverá encontro da categoria em Assembleia Geral Extraordinária, às 9h, na sede do sindicato.
Quarta-feira (24), será realizada panfletagem e quinta-feira (25) acontecerá um debate sobre a pauta interna de reivindicações dos professores, às 9h, na Aduern, para o qual serão convidados dirigentes da Uern para posicionamento sobre a situação da Universidade, que enfrenta a greve mais longa da sua história: quase 80 dias.

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