Maurício Ferreira

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Rosalba vê o distanciamento de Robinson


No círculo mais próximo à governadora Rosalba Ciarlini, pegou mal para o vice-governador Robinson Faria, presidente regional do PSD, em fase de formação, o fato de não prestigiar a convenção regional que o partido dela, o Dem, promoveu neste sábado, 20, anteontem, na Assembléia Legislativa. O secretário geral do PSD potiguar, deputado estadual Ricardo Motta, presidente do parlamento potiguar e muito afinado com Rosalba, prestigiou presencialmente o evento e demonstrou que lida muito bem com o partido da Governadora. Dirigentes de várias outras agremiações também participaram da cerimônia, inclusive desfazendo afastamentos iniciados em função da sucessão municipal de 2.012, caso da prefeita Micarla de Souza, presidente regional do PV.

Motta para vice

A presença de Ricardo foi a que mais se salientou, inclusive pelo contraste que estabeleceu quanto a Robinson e ao amuo que dominou o vice-governador desde que Rosalba passou a dar demonstrações inequívocas de que apóia e prestigia o senador José Agripino Maia, presidente regional e nacional do Dem, desde a ofensiva que o presidente regional do PSD tentou fulanizar o conflito que opõe as duas legendas. Como se sabe, em todo o país a cúpula da nova social democracia enfrenta resistências institucionalmente opostas pelo Dem; Robinson, entretanto, procurou fazer com que o Rio Grande do Norte visse a resistência do Dem à criação do PSD como se fosse uma incorreção do Senador contra ele. Para piorar, tentou usar Rosalba como escudo e armada, transformando-a também em refém.

A participação de Ricardo Motta na convenção do Dem chegou a fazer ecoar em Natal uma especulação que foi muito ouvida em Mossoró há cerca de dez dias. Diz que se depender de Rosalba, o candidato do PSD a vice-governador, na chapa com que ela pretende tentar se reeleger, em 2.014, será Ricardo, e não o atual presidente regional da nova social democracia potiguar, o vice-governador Robinson Faria.

Ao mesmo tempo, a afluência de dirigentes de várias legendas à convenção mostrou que, pelo menos à revelia de Robinson, para não dizer contra ele, está em curso um processo que objetiva assegurar a Rosalba ascendência sobre uma bancada sua, majoritária e efetivamente pluripartidária, na Assembléia Legislativa. Como dizem acólitos de Rosalba, a influência que Robinson exerce no parlamento estava a transformando em refém desta legenda, da mesma forma como o então governador Geraldo Melo, nos anos oitenta, se transformou em dependente do PL. 

*coluna roberto guedes/nominuto.com

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