Maurício Ferreira

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Setor de Microcrédito liberou mais de R$ 100 milhões para o RN



Mais de 84 mil contratos de microcrédito foram fechados no Rio Grande do Norte, em apenas sete meses. Ao todo, circularam R$ 107 milhões, sendo cerca de 80% das operações realizadas fora da região metropolitana de Natal. Os números foram divulgados ontem pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB), referentes o Crediamigo e Agroamigo.
Só no médio Oeste, mais de 1.045 pessoas pediram esse tipo de empréstimo, segundo o setor de Crediamigo do BNB, fazendo circular mais de R$ 8 milhões.
A agência, localizada em Apodi, atende também aos microempreendedores de Felipe Guerra, Caraúbas, Olho D'água do Borges, Rafael Godeiro, Itaú, Severiano Melo e Rodolfo Fernandes com três operações: Giro Popular Solidário e Giro Individual, que libera capital de giro que varia de R$ 100 a R$ 15 mil e o Investimento Fixo, destinado a pequenas reformas, que podem chegar até R$ 8 mil. Os juros variam de 1.19% a 3% ao mês.
De acordo com o empresário José Maria da Silva, ex-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Apodi (CDL), as empresas formais têm o seu crédito predefinido, enquanto essa massa de trabalhadores, muitas vezes, não pode desenvolver suas atividades por falta de dinheiro. "O microcrédito oxigena a economia por fortalecer os que estão começando e reflete nas grandes empresas", disse.
Criado em 1998, o aval solidário é a principal característica dos programas de microcrédito, em uma metodologia que contempla a formação de grupos de empreendedores, que se avalizam entre si para obtenção dos empréstimos. O índice de regularidade dos pagamentos no RN é de 99% e mais de 60% dos clientes são mulheres.
Segundo o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do RN (FCDL), Marcelo Rosado, o microcrédito vem sendo oferecido por várias instituições, com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e o Governo do Estado. "Consideramos esse dinheiro muito importante para o Estado, porque o microempreendedor de hoje será o empregador de amanhã", disse.
Marcelo enfatiza que é necessário fortalecer ainda mais esses segmentos visando abarcar as novas oportunidades. "Esses investimentos ainda são muito poucos, considerando a demanda que ainda existe no mercado e o que tem para acontecer no RN, principalmente com a Copa do Mundo", completou.

*jornal de fato.

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