O Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN) descartou a possibilidade de uma falha geológica encontrada recentemente no município de Santana do Acaraú, na Zona Norte do Ceará, e distante 500km de Mossoró, possa atingir o Rio Grande do Norte.
Os pesquisadores apontam a atividade sísmica como a segunda mais importante do Nordeste e atestam que se trata de um fenômeno antigo. A maior atividade está concentrada na borda da Bacia Potiguar, que abrange o Rio Grande do Norte e o leste do Ceará. O primeiro grande terremoto registrado nessa região aconteceu em 1991, alcançando a magnitude de 4.9 graus na Escala Richter, ocorrido em Irauçuba.
Desde janeiro de 2008, a Zona Norte cearense vem sofrendo com a atividade sísmica numa área epicentral na Serra da Meruoca, nos limites entre Alcântaras, Meruoca e Sobral. Em 2008, foi registrado o maior tremor na serra do Murioca, com 4.2 graus. Calcula-se que de lá para cá ocorreram mais de quatro mil abalos de pequena intensidade. O LabSis, responsável pelo monitoramento sísmico do Nordeste, mantém estações sismográficas instaladas em Sobral e Morrinhos. De acordo com o coordenador do Laboratório de Sismologia da UFRN, Joaquim Ferreira, como as ocorrências acontecem especificamente na região Norte do Ceará, não tem como atingir o RN. Ele disse também que é comum haver anomalias nos locais onde acontecem tremores. "Se tem um tremor de terra, tem uma falha geológica associada", afirma.
De acordo com Joaquim, as últimas ocorrências de tremores registradas neste ano no RN aconteceram em João Câmara.
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