Maurício Ferreira

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

"Aeroporto vai alavancar setor de comércio e serviços"


O presidente da Fecomércio, Marcelo Queiroz, aposta no crescimento contínuo do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante e na influência positiva sobre o setor de comércio e serviços, principalmente na área de turismo. Segundo Queiroz, a qualificação e a atuação de entidades como a Fecomércio são necessárias para potencializar os efeitos positivos da chegada do novo terminal.

Arquivo/TN
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Marcelo Queiroz: O aeroporto tende a influenciar diversas cadeias do nosso
setor produtor, desde a indústria até o setor agrícola passando, claro, pelo
comércio e serviços.

O Aeroporto de São Gonçalo do Amarante será o tema do projeto Motores do Desenvolvimento, realizado pela TRIBUNA DO NORTE, Fecomércio/RN, Fiern, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Governo do Estado do RN e RG Salamanca Capital, com patrocínio da Assembleia Legislativa do RN, Consórcio Inframérica e Petrobras Distribuidora. O seminário será realizado no próximo dia cinco de dezembro, no auditório  do Hotel-escola Senac Barreira Roxa, na Via Costeira, às 08h. Entre as presenças confirmadas estão o ministro da Aviação Civil, Wagner Bittencourt, os representantes do Consórcio Inframérica, Antonio Droghetti Neto e Martin Eurnekian, o economista Ricardo Amorim, entre outros. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas através dos telefones 4006-6120 e 4006-6121. As vagas são limitadas.

Para Marcelo Queiroz, o novo aeroporto irá ter um impacto altamente positivo na economia potiguar. "O aeroporto tende a influenciar diversas cadeias do nosso setor produtor, desde a indústria até o setor agrícola passando, claro, pelo comércio e serviços. O turismo deve ganhar grande impulso também. Uma obra deste porte, tem, sim, o poder de transformar o nosso cenário econômico direta e indiretamente, atraindo grandes empresas para cá", acredita.

No que diz respeito à influência sobre o setor de comércio e serviços, o presidente da Fecomércio acredita que o setor de turismo será o mais beneficiado. "Todos os setores serão influenciados. No caso específico do comércio, ter um hub de entrada aqui é importante para simplificar, por exemplo, processo de importação e exportação de determinados produtos. Alem disso, com os impactos nos demais segmentos, principalmente no turismo, o comércio é beneficiado indiretamente", projeta.

Outro destaque dado por Marcelo Queiroz  é a captação de oportunidades para os pequenos empresários. Queiroz define a atuação de entidades de classe como fundamental para conseguir garantir às empresas de menor porte uma fatia do bolo. "Traçar um mapa destas oportunidades - assim como foi feito com a Copa - e focar no suporte a cada empresa que puder aproveitá-las. Já estamos começando a fazer isso. Juntos, todas as entidades ligadas ao setor produtor deste Estado", encerra.

Qual a expectativa de melhorias na economia potiguar com o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante?

As melhores possíveis. O aeroporto tende a influenciar diversas cadeias do nosso setor produtor, desde a indústria até o setor agrícola passando, claro, pelo comércio e serviços. O turismo deve ganhar grande impulso também. Uma obra deste porte, tem, sim, o poder de transformar o nosso cenário econômico direta e indiretamente, atraindo grandes empresas para cá, gerando riquezas e muitas oportunidades de desenvolvimento.

Que setores da economia devem ser mais influenciados? Qual será a influência sobre o comércio?

Todos os setores serão influenciados. No caso específico do comércio, ter um hub de entrada aqui é importante par simplificar, por exemplo, processo de importação e exportação de determinados produtos. Alem disso, com os impactos nos demais segmentos, principalmente no turismo, o comércio é beneficiado indiretamente.

O tamanho do aeroporto foi questionado recentemente. O que a Fecomércio vê como evidência para que o Aeroporto seja do tamanho que o RN espera?

O projeto em si, que já é dimensionado para ir crescendo de acordo com a demanda e os estudos técnicos feitos que comprovam a viabilidade econômica e técnica do aeroporto. Não tenho dúvidas de que o aeroporto vai ser atraente para vários setores e operações. O seu crescimento, em tamanho e importância, será conseqüência do mercado.

Como o senhor avalia a atuação do Governo do Estado para viabilizar o Aeroporto até então? O que é preciso fazer para extrair desse empreendimento todo o potencial que ele tem?

O governo, a bancada federal - em particular o deputado Henrique Eduardo Alves - e a própria iniciativa privada foram fundamentais e atuaram fortemente nesta viabilização. E esta força veio exatamente da união de todos. Explorar ao máximo o potencial do aeroporto também só será Possível se mantivermos este espírito.

Como a Fecomércio pode contribuir com esse processo de consolidação do aeroporto?

Temos um grande trabalho no suporte às empresas do setor, seja na garantia do bem estar dos seus colaboradores, seja no suporte à sua formação e capacitação (através do Sesc e do Senac, respectivamente). Ter colaboradores bem assistidos e capacitados é fundamental para que qualquer empresa aproveite as oportunidades que lhes batem às portas.

Como fazer para que as pequenas empresas sejam incluídas nesse processo de crescimento esperado com o novo aeroporto?

Traçar um mapa destas oportunidades - assim como foi feito com a Copa - e focar no suporte a cada empresa que puder aproveitá-las. Já estamos começando a fazer isso. Juntos, todas as entidades ligadas ao setor produtor deste estado.

Qual será a importância de programas de qualificação de mão de obra nesse processo?

Eles são peças fundamentais. Sem qualificação, não há competitividade, produtividade, capacidade técnica. E sem isso, não há como aproveitar as oportunidades que surgirão.
*Tribuna do Norte

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