Maurício Ferreira

domingo, 27 de novembro de 2011

retomada da produção de ouro no RN



As minas Bomfim (em Lajes) e São Francisco (em Currais Novos) estão autorizadas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) para começar a extração de ouro. O último registro de produção de ouro no Rio Grande do Norte, em 2009, foi de 47,65 gramas. A meta da Mina do Bomfim, já a partir de 2013, conforme o DNPM, é produzir três toneladas/ano. Em 2015, a previsão é de 5 toneladas, considerando o início das atividades da mina São Francisco.
A direção da Mina Bomfim, de Minas Gerais, prevê que o empreendimento entrará em operação nos próximos quatro meses, produzindo xelita e ouro. Já investiu mais de 20 milhões de dólares. De acordo com o engenheiro de minas Pedro Paulo Batista, diretor da mina, não é possível precisar a quantidade de ouro produzida, uma vez que o foco da empresa é a produção de xelita.
Em 2009, de quando datam os estudos mais recentes sobre o setor, o Brasil atingiu 56,4 toneladas de ouro. Mas o Rio Grande do Norte caminha para fazer parte do rol de grandes produtores do ouro no país. Além do grupo de Minas Gerais, o grupo australiano Crusader, que comprou a Mina São Francisco, deverá investir R$ 100 milhões em Currais Novos.
Em nove meses, o grupo já investiu R$ 4 milhões na realização de estudos e certificação. Atualmente, a empresa trabalha no plano de engenharia da mina, que dirá como explorar o ouro e por onde começar. O objetivo é produzir 3 toneladas de ouro por ano. Os investidores identificaram uma reserva de 24 toneladas na área, com base nos estudos realizados até o momento.
A jazida será explorada durante dez anos. Novas pesquisas identificaram uma possível nova jazida, indicando que pode existir ouro numa área ainda não pesquisada pelo grupo. O ouro será vendido para os bancos. Atualmente, o grama do ouro custa no mercado internacional aproximadamente R$ 80,00. Além de Currais Novos, o grupo Crusader se prepara para extrair ouro em outras áreas no Rio Grande do Norte, é o que garante o diretor do grupo no Brasil Robert Smakman.
A extração de ouro no RN começou há décadas, mas de forma rudimentar. Segundo Carlos Magno Cortez, superintendente do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral no Rio Grande do Norte, empresas brasileiras não têm o hábito de investir em atividades arriscadas, como a mineração. Com a chegada dos grandes grupos estrangeiros, como a Crusader, esse processo tende a se modernizar e ampliar a produção. A Mina São Francisco já passou por outras tentativas de reativação, mas fracassaram exatamente por falta de equipamentos adequados.

OCORRÊNCIAS
O geólogo Otacílio Oziel de Carvalho, professor do IFRN, diz que existem pelo menos 10 municípios com indícios de existência de ouro no subsolo. O DNPM recebeu, até junho deste ano, 2.605 pedidos de autorização para estudos. Desse total, 302 são para pesquisa de minério de ouro e de ouro. Depois do ouro, vêm o ferro e o calcário. Este último, muito explorado em Mossoró e Baraúna, na fabricação de cimento. (Com informações da Tribuna do Norte)
 
*jornal de fato

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