Maurício Ferreira

domingo, 20 de novembro de 2011

Internautas potiguares são maioria no NE



O Rio Grande do Norte é o Estado nordestino com o maior número de computadores pessoais, segundo o censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao todo, 228.069 pessoas possuíam o equipamento eletrônico, o que representa 25,36% da população local. O Estado que mais se aproximava desse número era a Bahia, com 23,66%. Em âmbito nacional, o RN ocupa a 20a. posição.

Os potiguares eram também os nordestinos com o maior número de microcomputadores interligados ao mundo virtual. Pela pesquisa, 178.508 usavam a Internet no Estado, equivalente a 19,85%, um pouco mais do que a Bahia, com 19,53% da população. Esse índice deixa o Estado em 13° no ranking geral.
Em todo o Brasil, 38,27% da população possuía computadores em casa, o que significa quase 22 milhões de máquinas. 30,70% dos brasileiros têm acesso à Internet, ou seja, mais de 17 milhões. No Nordeste, 3.161.316 têm computadores (22,64%). 2.498.835, ou 15,40% da população, têm acesso à rede mundial dos computadores.
Para Aldemir Freire, chefe do IBGE no Rio Grande do Norte, os números relacionados à quantidade de telefones e computadores no Estado estão associados à renda dos domicílios dos potiguares, que é a maior do Nordeste. "Para todos esses indicadores, a gente perde para os Estados com maior renda e até mesmo para a média do Brasil, mas nos sobressaímos entre os Estados nordestinos", disse.
Para ele, no mundo moderno, ter acesso a computador, Internet e telefone é quase como um direito básico, tão importante quanto ter energia elétrica, que é um serviço praticamente universal. "Para este novo século, o indicador de modernidade são esses equipamentos", explica Aldemir.
De acordo com as pesquisas, esse indicador vem aumentando significativamente. "Talvez, o cenário de 2020 seja outro e os questionamentos do IBGE tenham de ser muito mais abrangentes, explorando situações que vão além dos computadores, Internet e telefones celulares. Teremos a televisão com Internet, computador de mesa e de mão em maior número que precisarão ser contabilizados", complementa o chefe do IBGE.
Aldemir conta que já existe um projeto para que a metodologia para o Censo mude até se tornar contínuo, como acontece em outros países. "Pensamos em, a partir de 2015, fazer um censo contínuo, ou seja, todo ano, para acompanhar dados relacionados à tecnologia", completa.

Tecnologia muda maneiras de ver o mundo
O próprio IBGE, que no último Censo utilizou equipamentos eletrônicos, entende que o mundo mudou e a tecnologia tornou-se essencial para o mundo moderno. A utilização, cada vez maior, de aparelhos eletrônicos, como telefones celulares, computadores e similares, às vezes ambos numa mesma plataforma, mostra que daqui para frente é preciso olhar as mudanças com outros olhos.
O mundo digital, cada vez mais na palma da mão e na ponta dos dedos, não é mais brincadeira de adolescentes ou equipamentos restritos de comunicadores. Na edição de outubro da revista Contexto, a jornalista Izaíra Thalita mostrou os avanços que vêm acontecendo em sala de aula. Na reportagem "Geração Touch", a professora Sandra Renuzia mostrou os equipamentos eletrônicos que vão substituir o velho quadro negro.
O mundo dos tablets também foi explorado pela matéria, mostrando a intimidade dos jovens com os novos equipamentos de leitura e comunicação. Izaíra conversou com alunos de classe média, mas no município de Ipanguaçu, no Vale do Açu, alunos de uma escola do Município já estudam com netbooks enviados pelo Governo Federal, através do Programa Um Computador por Aluno (PROUCA).
De acordo com o diretor do IBGE no RN, Aldemir Freire, os números da tecnologia crescem em ritmo acelerado e, com certeza, já devem ser bem maiores do que os indicados no Censo 2010. Essa hipótese é a maior prova de que ser digital não é mais uma escolha, mas uma necessidade.

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