O pagamento do 13º salário no Rio Grande do Norte vai adicionar R$ 1,3 bilhão à economia do estado, de acordo com cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconomicos (Dieese), divulgado ontem. A soma, que será paga até 20 de dezembro no estado, tem diferentes significados para o governo e o comércio. Enquanto o primeiro se preocupa em como honrar a folha de pagamento, o comércio comemora as perspectivas de incremento nas vendas de fim de ano, projetando crescimento entre 7,5% e 8%, em relação a 2010.
O valor a ser pago este ano indica um crescimento de 17,2% em relação ao ano passado, quando o benefício somou R$ 1,1 bilhão. A projeção do Dieese constitui o volume total que entra na economia ao longo do ano e não apenas nos dois últimos meses. Contudo, a maior fatia (70% de R$ 1,3 bilhão) deverá ser paga até o final do ano. O valor total injetado com o benefício equivale a 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual.
O número de pessoas que receberá o 13º salário em 2011 é 4,13% superior ao observado em 2010, no Rio Grande do Norte. Estima-se que mais de 43 mil pessoas passarão a receber o benefício, por terem requerido aposentadoria ou pensão, se incorporado ao mercado de trabalho ou ainda formalizado o vínculo empregatício. Ao todo, 1.098.134 pessoas receberão o benefício. O número corresponde a 1,4% do total que terá acesso ao beneficio no Brasil. Em relação à região Nordeste, esse percentual é de 6,7%.
GOVERNOS
Segundo a secretária em exercício de Administração do Estado, Sueli Rodrigues Nóbrega Pimentel, ainda não há definição sobre a data e o montante destinado à folha de pagamento de 13º do Estado. "Esperamos cumprir até o dia 20 de dezembro. Mas só poderemos fazer uma projeção quando fecharmos a folha de pagamento do mês de novembro, para avaliarmos a quantidade de servidores e os valores", afirmou. A secretária lembrou que o governo enfrenta uma crise orçamentária e todas as secretarias estão cientes da necessidade de cortar gastos. "O levantamento do 13º (salário) será feito pelas secretarias de Planejamento e de Tributação, a partir de 15 de novembro", disse.
Matéria publicada ontem na TRIBUNA DO NORTE aponta que, de acordo com a secretaria de Planejamento do Estado, não há saldo nas contas da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (Uern) e da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) para pagar os 60% que ainda restam do décimo terceiro salário dos funcionários e a administração estadual tem recorrido à transferência de recursos de outras pastas e rubricas (como custeio, investimentos, etc.) para sanar a falha. O déficit da Sesap é de R$ 145 milhões e da Uern de R$ 30 milhões.
Na mesma matéria, o secretário de Planejamento, Obery Rodrigues, atribuiu a problemática a uma minimização na projeção da folha de pessoal, feita pelo Governo anterior. "A dotação aprovada para a folha salarial da Saúde no orçamento deste ano não foi suficiente para cobrir toda a despesa do órgão", observou.
Na tarde de ontem, a reportagem não conseguiu contato com o secretário nem com a subsecretária de Planejamento e das Finanças (Seplan), Vera Guedes. O secretário está licenciado e Vera Guedes viajou para Brasília.
A Prefeitura do Natal, de acordo com o secretário de planejamento, Antonio Luna, deverá pagar cerca de R$ 20 milhões, aos 21 mil servidores e pensionistas. Embora não tenha a data fixada, o secretário antecipou que o pagamento deverá ocorrer entre os dias 10 e 20 dezembro. A TRIBUNA DO NORTE tentou, em vão, contato, por celular, com o presidente da Federação dos Municípios do RN (Femurn), Benes Leócadio, que não atendeu e nem retornou as ligações.
Com o reforço do 'extra', comércio espera crescimento
Se por um lado, colocar o 13º no Estado parece tarefa difícil. Por outro, o principal setor a desfrutar da circulação de dinheiro - o comércio - comemora as facilidades que o incremento trará. Em geral, explica o superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da capital potiguar, Adelmo Freire, os trabalhadores usam o salário extra para quitar dívidas e comprar novamente. "É dinheiro novo circulando e o trabalho usa para sair da inadimplência, consequentemente, recupera o crédito e, então, aumenta a geração de renda no comércio", avaliou.
O comércio da capital potiguar deverá ter um crescimento em torno de 7,5 a 8% nas vendas durante o período natalino, em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
Em decorrência da conjuntura da crise financeira na Europa e nos Estados Unidos, Adelmo Freire avalia o aumento será menor que o verificado em 2010, quando o setor registrou alta de 10%. "Com a crise, o consumidor está mais receoso e não deverá ocorrer a compra exacerbada, como ano passado", afirma. O setor, que tradicionalmente funciona com horários ampliados no final do ano, ainda não fixou a partir de quando o expediente será alterado.
O número de pessoas que receberá o 13º salário em 2011 é 4,13% superior ao observado em 2010, no Rio Grande do Norte. Estima-se que mais de 43 mil pessoas passarão a receber o benefício, por terem requerido aposentadoria ou pensão, se incorporado ao mercado de trabalho ou ainda formalizado o vínculo empregatício. Ao todo, 1.098.134 pessoas receberão o benefício. O número corresponde a 1,4% do total que terá acesso ao beneficio no Brasil. Em relação à região Nordeste, esse percentual é de 6,7%.
GOVERNOS
Segundo a secretária em exercício de Administração do Estado, Sueli Rodrigues Nóbrega Pimentel, ainda não há definição sobre a data e o montante destinado à folha de pagamento de 13º do Estado. "Esperamos cumprir até o dia 20 de dezembro. Mas só poderemos fazer uma projeção quando fecharmos a folha de pagamento do mês de novembro, para avaliarmos a quantidade de servidores e os valores", afirmou. A secretária lembrou que o governo enfrenta uma crise orçamentária e todas as secretarias estão cientes da necessidade de cortar gastos. "O levantamento do 13º (salário) será feito pelas secretarias de Planejamento e de Tributação, a partir de 15 de novembro", disse.
Matéria publicada ontem na TRIBUNA DO NORTE aponta que, de acordo com a secretaria de Planejamento do Estado, não há saldo nas contas da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (Uern) e da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) para pagar os 60% que ainda restam do décimo terceiro salário dos funcionários e a administração estadual tem recorrido à transferência de recursos de outras pastas e rubricas (como custeio, investimentos, etc.) para sanar a falha. O déficit da Sesap é de R$ 145 milhões e da Uern de R$ 30 milhões.
Na mesma matéria, o secretário de Planejamento, Obery Rodrigues, atribuiu a problemática a uma minimização na projeção da folha de pessoal, feita pelo Governo anterior. "A dotação aprovada para a folha salarial da Saúde no orçamento deste ano não foi suficiente para cobrir toda a despesa do órgão", observou.
Na tarde de ontem, a reportagem não conseguiu contato com o secretário nem com a subsecretária de Planejamento e das Finanças (Seplan), Vera Guedes. O secretário está licenciado e Vera Guedes viajou para Brasília.
A Prefeitura do Natal, de acordo com o secretário de planejamento, Antonio Luna, deverá pagar cerca de R$ 20 milhões, aos 21 mil servidores e pensionistas. Embora não tenha a data fixada, o secretário antecipou que o pagamento deverá ocorrer entre os dias 10 e 20 dezembro. A TRIBUNA DO NORTE tentou, em vão, contato, por celular, com o presidente da Federação dos Municípios do RN (Femurn), Benes Leócadio, que não atendeu e nem retornou as ligações.
Com o reforço do 'extra', comércio espera crescimento
Se por um lado, colocar o 13º no Estado parece tarefa difícil. Por outro, o principal setor a desfrutar da circulação de dinheiro - o comércio - comemora as facilidades que o incremento trará. Em geral, explica o superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da capital potiguar, Adelmo Freire, os trabalhadores usam o salário extra para quitar dívidas e comprar novamente. "É dinheiro novo circulando e o trabalho usa para sair da inadimplência, consequentemente, recupera o crédito e, então, aumenta a geração de renda no comércio", avaliou.
O comércio da capital potiguar deverá ter um crescimento em torno de 7,5 a 8% nas vendas durante o período natalino, em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
Em decorrência da conjuntura da crise financeira na Europa e nos Estados Unidos, Adelmo Freire avalia o aumento será menor que o verificado em 2010, quando o setor registrou alta de 10%. "Com a crise, o consumidor está mais receoso e não deverá ocorrer a compra exacerbada, como ano passado", afirma. O setor, que tradicionalmente funciona com horários ampliados no final do ano, ainda não fixou a partir de quando o expediente será alterado.
*Tribuna do norte
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